Paisagem de montanhas nevadas com uma casa moderna em primeiro plano, situada sobre uma colina coberta de vegetação.

A alfarroba é o fruto seco proveniente da árvore alfarrobeira, leguminosa cultivada na região do Mediterrâneo, sendo Portugal e Espanha os principais produtores mundiais.

O fruto constitui uma vagem de 10 a 20 cm de comprimento por 2 ou 3 cm de largura e sua composição é 90% de polpa e 10% de sementes.

A alfarrobeira encontra-se principalmente no centro do Algarve na zona do Barrocal, cultivada desde a Antiguidade, é originária da região mediterrânica oriental e foi introduzida na Península Ibérica pelos árabes.

Suas sementes eram utilizadas no Egito Antigo para a preparação de múmias. Acredita-se que, entre os povos da Roma Antiga, havia o costume de mastigar vagens verdes de alfarroba, devido ao seu sabor adocicado.

Como elemento do património árabe, as vagens de alfarroba também eram utilizadas como moeda. As sementes, representavam um parâmetro para o valor de jóias, sendo designadas “kilat” ou “karat”, de onde o termo atual quilate para qualificar o valor de pedras e metais preciosos.

Usos: O fruto da alfarroba pode ser inteiramente aproveitado. Das sementes, extrai-se a goma. Quanto à polpa, contém uma alta concentração de substâncias bioativas, como açúcares, aminoácidos e minerais. Os ingredientes presentes na goma são utilizados como espessantes e emulsionantes, principalmente na indústria alimentícia, na indústria farmacêutica, na indústria têxtil e na indústria cosmética. Outros produtos derivados da alfarroba: farinha de alfarroba, xaropes e medicamentos, como laxantes e diuréticos. Seus polissacarídeos podem ser utilizados na produção de etanol. Além disso, o gérmen extraído das sementes pode ser usado no fabrico de rações para animais, por conter aproximadamente 55% de proteínas.

Paisagem de montanhas e lago com céu nublado. Vegetação nas encostas.
Casa de madeira em meio a um campo com grama alta e montanhas ao fundo.